domingo, 13 de fevereiro de 2011





O QUE VOCÊ SENTE É CIÚMES OU ZELO?

ZELO OU CIÚMES?
Existe uma grande diferença entre os ciúmes e o zelo, o primeiro destrói o segundo protege; o primeiro aniquila, o segundo busca amadurecimento; o primeiro vem da carne, o segundo é proveniente de Deus.
Salomão reconheceu a vaidade (inutilidade) desse pecado quando disse: "Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo" (Eclesiastes 4:4). Tentar "seguir o padrão de vida do vizinho" é um pecado que não somente nos impedirá de ir para o céu, mas também mesmo nesta vida nos tirará a satisfação (Filipenses 4:12-13).
O CIÚME
Ao contrário do zelo, o ciúme não provém do Senhor; é uma obra da carne!
O ciúme causa muitos problemas, a saber: Opressão, aniquilamento do próximo, desconfiança, dependência, doenças, brigas e até destruição.
Muitos acham que o fato de terem ciúmes de alguém significa que amam este alguém; vejamos o que a Bíblia fala sobre o verdadeiro amor:
Em I Co 13. 1-4 , uma das passagens que mais retrata o amor que vem de Deus, o apóstolo Paulo ensina que o verdadeiro amor não se arde em ciúmes.
O ciúme está ligado ao egoísmo, ou seja, “a pessoa ou objeto me pertence e não pode ser dividido com ninguém, nem mesmo com Deus”; logo se é meu, deve ser para me satisfazer! Na verdade quem tem ciúme não pensa no próximo, mais em si próprio.
O ZELO DO SENHOR
O termo “zelo” é usado na Bíblia por várias vezes ligado ao sentimento que Deus tem por nós e facilmente podemos perceber que vem do amor do Senhor pela nossa vida.
Vejamos por exemplo os textos de Sl 69.9; Is 9.7; Jl 2.18; Zc 8.2 ; Jo 2.17 e Tg 4.5. Todas estas passagens mostram respectivamente que o zelo do Senhor é o seu cuidado extremo pelo templo, por Israel e pela nossa vida. O zelo de Deus, portanto, é o seu cuidado!
O zelo de Deus nos protege e nos conserva em seus caminhos; aleluia!
Como criaturas transformadas por Deus devemos andar neste mesmo zelo.
Zelo na vigilância Ap 3.19
Zelo nas obras Tt 2.14
Zelo pelo líder II Co 7.7
Zelo na contribuição II Co 9.2
Zelo pelo rebanho II Co 11.2 etc...
No casamento, por exemplo, devemos ter zelo pelo cônjuge; este zelo deseja sempre o melhor para o próximo.
É bom ter zelo, mais com entendimento (Rm 10.2).

Embora o ciúme simplesmente cobice a riqueza e a honra dos outros, a inveja é algo que se faz acompanhar de rancor. A inveja não é necessariamente querer para nós mesmos, mas simplesmente querer que seja tirado do outro. A inveja é o sentimento de infelicidade produzido por presenciarmos a vantagem ou a prosperidade do outro. Os invejosos se incomodam com os sucessos dos amigos.

O ciúme e a inveja são sempre seguidos da contenda na igreja (Romanos 13:13; 1 Coríntios 3:3). Quando nos magoamos por causa daquilo que outros conquistaram, quer financeiramente, quer na reputação, a ambição egoísta nos torna arrogantes contra o nosso irmão (Tiago 3:14). O ciúme dos coríntios para com os pregadores gerou contenda e divisão (1 Coríntios 3:3-4). Os irmãos ciumentos estão associados com a contenda, com a ira, com as disputas, as maledicências, a difamação, a arrogância e as perturbações (2 Coríntios 12:20). O ciúme e a inveja levaram os irmãos de José a querê-lo morto, geraram a rebelião de Coré, levaram Caim a matar Abel, o Sinédrio a matar Jesus e aprisionar os apóstolos. Muitos hoje e no primeiro século pregam e pregaram a Cristo movidos pela inveja (Filipenses 1:15). São zelosos pela causa de Cristo, mas esse zelo é motivado pelo desejo de desacreditarem outros irmãos.

A contenda nasce da inveja, da ambição e do desejo de prestígio, de posição e de destaque. É o espírito que nasce da competição desmedida e ímpia. A contenda corre solta quando os cristãos odeiam ser superados. Domina quando o homem se esquece que só o que se humilha pode ser exaltado. Os irmãos invejosos e competitivos cobrem o seu pecado com debates "consagrados" sobre as palavras e sobre as questões controversas (1 Timóteo 6:4-5). Que a nossa posição a favor da verdade não seja obscurecida com o motivo pecaminoso da inveja que nos conduz à contenda.

Uma vez que a contenda entra na igreja, o culto passa a ser inviabilizado. Os cristãos, e mesmo os presbíteros e pregadores, ficam tão preocupados com os seus direitos, dignidade, prestígio, práticas e procedimentos que fica impossível haver uma atmosfera que dê margem ao louvor e à adoração. Com o ciúmes e a inveja no coração, não podemos fazer julgamentos justos; o julgamento parcial só gera mais contenda. A adoração a Deus e as disputas dos homens não combinam.

O ciúme e a inveja parecem ser os últimos pecados a desaparecer da vida do Espírito. Após a longa lista que Paulo apresenta de pecados da carne e do fruto do Espírito em Gálatas 5, ele conclui o seu pensamento com a advertência: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" (5:25-26). Ninguém acusou os apóstolos durante o ministério de Jesus de fornicação, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, embriaguez e orgias ­ mas na noite antes de Jesus morrer, eles eram invejosos e cheios de contenda (Lucas 22:24). Não é necessário participar do trabalho da igreja por muito tempo para descobrir que fonte eterna de problemas é a inveja.

Como corrigimos o espírito invejoso e ciumento em nós mesmos? "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (Romanos 12:15-16). "Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo" (1 Pedro 3:8-9).
CONCLUSÃO:
Se você realmente ama a alguém, fuja deste tipo de sentimento e busque o verdadeiro amor que somente o Senhor pode dar.
1- Não devo contar para todo mundo coisas boas que me acontecem. É preciso ter sabedo-
ria para saber quem dos meus amigos ou parentes vai realmente se alegrar comigo com
uma bênção que recebi. Nem todos os cristãos são maduros o suficiente para:
" ... alegrarem-se com os que se alegram"- Rm 12:15

2- Examinar minhas próprias motivações quando for compartilhar uma vitória pessoal ou
familiar. Será que não estou querendo contar só para dizer que sou uma pessoa legal, que
no fundo eu sou melhor que os outros e que mereço mesmo essa vitória? Que mensagem
estou querendo passar ao falar para os outros de minhas vitórias?A quem estou honrando
com isso - a mim mesmo ou ao Senhor???

3- Perdoar aqueles que me invejam - paulo, o apóstolo, aprendeu a fazer isto, pois muitos
o invejavam, bem como ao sucesso do seu apostolado - II Coríntios, cap. 10 à 12.
Jesus perdoou aos que o invejavam e até aos que o traíram - Jo 13:15 - 16.