quinta-feira, 2 de junho de 2011

VENCENDO A SOLIDÃO

1 REIS 19.4-8

Quem, assim como eu, já se sentiu sozinho? Andando sem companhia?
O psicólogo Jeffrey Young, da Universidade Columbia descreve três tipos de solidão: transitória, situacional e crônica. "Solidão transitória dura poucos minutos ou algumas horas, diz ele, porque os sintomas não são graves, pouca atenção tem sido dedicada a ela."
Solidão situacional é o resultado de um acontecimento importante - um divórcio, uma morte na família ou uma mudança geográfica. Os efeitos podem ser tanto físico quanto mental - dores de cabeça, problemas de sono, ansiedade, depressão - e pode durar até um ano.
Para algumas pessoas solitárias, no entanto, as circunstâncias temporárias não são o problema de base. Elas têm dificuldade em fazer contatos sociais e alcançar intimidade, mesmo quando as condições são favoráveis. Young classifica os indivíduos que se sentem sós por mais de dois anos numa altura em que nenhum evento traumático ocorreu como cronicamente solitários. "Quando as pessoas são solitárias por esse período de tempo, geralmente culpam a si mesmas e os seus traços de personalidade ao invés das circunstâncias", diz ele. "As pessoas cronicamente solitárias podem tornar-se convencidas de que pouco ou nada podem fazer para melhorar sua condição".
A palavra "solidão" descreve a história de muita gente. É um sentimento que não poupa suas vítimas: jovens e idosos, ricos e pobres, santos e pecadores são seu alvo.
A solidão não faz acepção de pessoas. Até mesmo santos profetas enfrentaram a solidão.
Elias tendo entrado em profunda depressão (1 Rs 19:4), quarenta dias depois, ainda se sentia só. (1 Rs 19:10,14).
Davi fugia da perseguição movida pelo rei Saul. Escreveu na ocasião o Salmo 13 (cf. vs. 1-4). No Salmo 69.1-4, 18.
Jó (Jó 19.13-19). Irmãos, parentes, amigos e conhecidos o desprezaram ( vs. 13, 14), empregados, a esposa (vs. 15-17), mesmo as crianças (vs. 18) e amigos íntimos (v. 19) o abandonaram?!
Jesus ficou só: (Mt 26. 36-38).
Mas a a solidão não é o seu fim!
A sua solidão era real, palpável, pois ele se sentia triste, desanimado e derrotado por não ter absolutamente ninguém ao seu lado. Foi então que Deus começou a resolver o problema de Elias.
A primeira providência que tomou foi Ele próprio revelar-se ao profeta. Elias tinha que aprender a lição de que um homem que conhece ao Senhor nunca está só, pois Deus prometeu ser um auxílio bem presente na angústia. E na escuridão e na solidão da caverna Deus estava lá. Deus estava se revelando a Elias naquela solidão, mas ele estava tão desconsolado que parecia ter perdido a capacidade de buscar a Deus através da oração. Ele estava enfraquecido pela solidão e pelo desespero. Então, Deus veio em seu auxílio e lhe revelou a sua presença.
A consciência da presença de Deus em nossos corações é o primeiro passo para vencermos a solidão. Este princípio é ilustrado na Bíblia em diversas ocasiões. Em Deuteronômio 31:6-8, encontramos Moisés falando a Josué. Estava se aproximando a hora da morte de Moisés e Josué tinha sido escolhido para assumir o comando do povo de Israel. Então Moisés lhe disse: "Esforça-te e anima-te, pois com este povo entrarás na terra que o Senhor jurou a teus pais lhe daria, e tu os farás herdá-lo. O Senhor é que vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas; não te espantes." (Dt 31:7-8).
Repare que, por duas vezes, vemos a promessa de que Deus não vai desamparar Josué. Moisés tinha avisado Josué sobre a sua morte; era natural que o sentimento de solidão se abatesse sobre Josué. Nas Moisés tranqüilizou Josué: "O Senhor será contigo, não te deixará, nem te desamparará." O sentimento de solidão podia ser dissipado com a promessa que Deus não o deixaria só.
O segundo passo para vencermos a solidão é a atividade espiritual. Voltemos ao profeta Elias. "Disse-lhe o Senhor: vai, volta pelo caminho para o deserto de Damasco. Quando lá chegares, unge a Hazael rei sobre a Síria." Nos versículos 16 a 18, Deus determina a Elias uma tarefa e o adverte em não ficar escondido na caverna. Ele deve empenhar-se na realização do trabalho que lhe foi determinado.
Quando estamos ocupados realizando a vontade Deus, podemos sentir sua presença e sua aprovação bem dentro de nós. Ociosidade não é a vontade de Deus para o homem.
Há um terceiro passo no versículo 18: "Também conservei em Israel 7.000 – todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou." Elias sentia-se sozinho porque julgava ser o único que amava a Deus. Mas Deus lhe disse que saísse e fosse se ajuntar a outros que também amavam a Deus, o mesmo Deus a quem ele amava. Quando encontrasse outros com a mesma fé e o mesmo amor, haveria uma aproximação e uma comunhão que iria dissipar a solidão que ele havia sofrido enquanto estava sozinho na caverna.
Muitos se entregam à solidão porque não querem empregar seu tempo nem se dar ao trabalho de encontrar uma oportunidade de comunhão com aqueles que compartilham da fé e do amor de Deus. Este é o terceiro passo para vencer a solidão: Manter comunhão com os que amam o Senhor.
Conclusão:

A maioria dos conselhos populares e de orientação técnica para a cura da solidão começa dizendo que a pessoa deve se ocupar com alguma coisa, deve andar sempre com as mãos ocupadas. Mas isto é atacar o problema partindo de uma premissa completamente errada. Deus não mandou que Elias primeiro ficasse ocupado e depois encontrasse alguns amigos. Deus começou revelando a sua presença. Qualquer atividade ou amizade que você estabeleça sem considerar a presença pessoal de Cristo na sua vida, nunca poderá satisfazer sua necessidade.
A resposta de Deus ao problema da solidão é compreender e aceitar a verdade maravilhosa e abençoada de que Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo moram nos filhos de Deus. E assim Deus está pessoalmente presente. E onde Deus está, não há motivo para solidão.
Deus tem um trabalho determinado para cada um de nós e quando nos ocupamos em executá-lo sentimo-nos libertos da solidão.
Finalmente, através da comunhão com aqueles que professam o amor e a fé em Deus, nos libertamos da solidão.
Quando tentado a escondermos em nossas cavernas, como Elias, que possamos experimentar a presença real de Deus em nossas vidas. Deus está no teu coração. Você não está só.