quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quem estamos imitando?E com quem estamos parecendo?



Uma pessoa com as credenciais de Paulo poderia afirmar com certa segurança: "Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo." Mas como alguém, com minhas credenciais, consegue fazer tal afirmação?
Minha dificuldade não para aí, é um pouco mais grave. Se não consigo fazer uma afirmação assim por falta de coragem, convicção, por achar que não sou uma imitação confiável de Cristo, surge outro problema, certamente mais grave: se não imito a Cristo, a quem imito?
Para Paulo, não chegava a ser nenhum absurdo afirmar: "Sede meus imitadores como eu sou de Cristo."
Não havia nenhuma arrogância em suas palavras, nenhuma prepotência, apenas a certeza de que era a Cristo, e a nenhum outro, nem mesmo seus próprios interesses, que seguia.
Tinha a certeza de que sua vida refletia a glória de Cristo, seus sofrimentos, sua alegria e seus propósitos.
A segurança e a serenidade de que podia se expor, ser verdadeiro, pessoal, humano, afetuoso e simples em seus relacionamentos.
Talvez a dificuldade de muitos em fazer esta afirmação é que temos desenvolvido uma espiritualidade menos pessoal e mais institucional, burocrática, acadêmica, racional.
Buscamos mais experiências, informação, estruturas eclesiásticas, programas e sensações espirituais, e menos a Cristo e a transformação n'Ele.
Refletimos mais o mundo com suas ambições, ansiedades, temores e ambigüidades do que a Cristo com seu amor, graça, perdão e salvação.
"Sede meus imitadores como eu sou de Cristo" é a declaração daqueles que amam a Cristo, que seguem no caminho do discipulado, que não se interessam por nenhuma outra coisa que não seja Cristo e sua perfeita humanidade, que não desejam nada a não ser a comunhão com sua vida, sofrimento, alegria e glória.
Pr.Alex Rabello