sexta-feira, 1 de julho de 2011

SE VOCÊ CONHECE-SE SEU PASTOR ,SURPREENDERIA ELE.



Leia: I Crônicas 11:17-19
Um dia Davi, depois de anos de existência em fuga, lutando por sua vida, cansou-se e teve saudades de antigos e simples confortos do tempo em que sua vida era normal. “Quem me dera beber da água fresca do poço de minha infância e juventude, que fica em Belém!...”
Entretanto, os homens de Saul estavam acampados no caminho para a fonte...
Os homens de Davi, porém, ouvindo dele a mera exclamação de desejo, decidiram fazer-lhe uma surpresa: ir até a fonte, passando todos os perigos, enfrentando até o inimigo, se fosse o caso, mas trazer a água a seu líder guerrilheiro e fugitivo...
Vieram são e salvos com a água e puseram diante de Davi...
Ao perceber que eles haviam exposto as suas vidas a fim de dar-lhe alegria, Davi não aceitou a água, antes a derramou como oferta de vida e gratidão diante de Deus, dizendo: “Jamais beberei água que me veio à custa da vida de vocês!”
Este era o nível de percepção de Davi acerca do significado da vida como devoção a Deus e a Deus somente!...
Se fosse um pastor, um Davi qualquer, um ungido evangélico, um líder desses que vendem “cobertura espiritual”, beberia a água em uma reunião solene, e, após beber exaltando a fidelidade dos “discípulos” para com ele, o ungido ainda faria uma fila de unção com água santa, para que ele ungisse as pessoas com a Água da Fidelidade dos Discípulos Para com Seu Líder... Seria a Unção com a Água da Fidelidade ao Líder!... Quem dela bebesse jamais perderia a cobertura espiritual, se fizesse sempre a mesma coisa, os mesmos sacrifícios de amor pelo líder...

Era por não brincar com situações como esta que Davi era um homem segundo o coração de Deus. Não beber a água do sacrifício que foi ação devotada ao capricho e ao desejo de um homem, é a única coisa que um homem que teme a Deus e reconhece o valor da vida humana pode fazer e deve fazer a fim de ser agradável a Deus.

Hoje, no entanto, viraria “Campanha”... Logo o “apóstolo da loucura de seu próprio ego” instituiria O Dia do Sacrifício à Alegria do Ungido... E milhares de incautos matariam a mãe a fim de agradar o lobo... Sim, milhares fariam qualquer coisa, desde que isso lhes garantisse a mera simpatia do Megalômano adoecido pelo dês-valor da vida em razão da pseudo-divinização da sua existência...

Que alguém, com muito amor, vá pegar a água correndo risco de vida, e fazendo isto sem informar o “beneficiado”, tudo bem, pode ser, é uma decisão individual... Beber a água, porém, é outra história...

Assim, digo-lhes:

Se Davi tivesse bebido aquela água provavelmente ele não tivesse sido feito rei de Israel, pois, em mim, creio que teria sido um surto tão megalômano acerca do valor de seus próprios desejos e caprichos, que, eu creio que algo ruim lhe teria acontecido...
Pela vaidade de fazer o “censo” de Israel ele quase foi morto pelo anjo do Senhor, quanto mais não o seria se o seu surto fosse o de achar que a fim de agradá-lo pessoas poderiam se sacrificar?...

As sutilezas acerca do valor de tais decisões simples estão, todavia, mortas aos sentidos dos que hoje usam a ingenuidade e a boa vontade dos homens a fim de atenderem a seus próprios caprichos.

E o pior: talvez você seja um dos doentes que vão pegar a água do capricho e que não ficam realizados se ela não for bebida como status de sua devoção para com o lobo disfarçado de ungido cansado e carente...