terça-feira, 27 de setembro de 2011

CUIDADO COM OS PSEUDOS PASTORES

Quais os interesses que levam alguém a optar pelo sagrado ministério?Não pode ser outro, mas sim a vocação divina. Pedro disse que ninguém pode ir para o ministério pastoral movido por qualquer tipo de constrangimento. À vocação divina se atende com espontaneidade, como fizeram os discípulos que, deixando seus trabalhos e familiares, responderam ao chamado de Jesus, Mt 4: 18-22.
os pastores sejam modelo para o rebanho. Essa foi a mesma preocupação que Paulo expressou para com Timóteo: "Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza." (1Tm 4: 12).
A palavra grega traduzida por "padrão" nesse versículo é "typos". Esse termo (tipo) está relacionado às artes gráficas. O tipo gráfico é um bloco de metal fundido ou de madeira que tem em uma de suas faces uma determinada gravação em relevo. Através da impressão são feitas tantas cópias quantas necessárias. Assim deve ser o pastor: um tipo. Seu caráter deve ser reproduzido no rebanho.
A dura verdade é que há uma crise de comportamento no mundo atual. Essa crise tem sérios reflexos na igreja. Mas quem não tem condições de ser modelo, padrão para o rebanho, também não deve exercer o pastorado.
O caráter íntegro e o amor incondicional ao Senhor são marcas daquele que atendeu à vocação divina. Paulo, em 1Tm 3: 1- 7, enumera as qualificações necessárias para quem aspira ao ministério.
É impossível ser pastor sem o fruto do Espírito na vida, Gl 5: 22-23. São essas qualidades que dão condições ao homem de Deus de desenvolver um pastorado eficaz, produtivo e abençoado.
Professores de seminários e de instituições teológicas costumam dizer, nos primeiros dias de aula, aos alunos: "Se você veio estudar no seminário porque não conseguiu passar no vestibular, está no caminho errado". Ministério pastoral não é segunda opção, não é decisão forçada por circunstâncias humanas.
Ainda quanto às motivações, Pedro cita a "sórdida ganância". Essa expressão refere-se a interesses financeiros. Desde o primeiro século, certas pessoas pensavam no ministério como fonte de ganhos financeiros.
O mercantilismo da fé tornou-se um grande negócio. Há pregadores que usam o Evangelho como instrumento para enganar o povo em sua simplicidade e arrebanhar os incautos. Não pensam nas almas perdidas, mas no dinheiro que podem vir a obter através de contribuições.