sexta-feira, 8 de julho de 2011

CAMPANHAS COM FINALIDADES LUCRATIVAS TEM ME DADO ASCO.
E TEM CAUSADO NÁUSEAS EM DEUS.




Milhões de almas simples vêm sendo desviadas da fé por verdadeiros agentes do mal neste mundo, lobos devoradores disfarçados sob pele de cordeiro. Falsas “soluções milagrosas” fora da Igreja de Cristo nos são oferecidas todos os dias,
O Brasil, a América do Sul como um todo é celeiro dessa maroteira exploração de fé evangélica. “Igrejas Empresas” geram “Pastores-Comerciantes” que por sua vez produzem “Crente-Consumistas”.
O contexto socioeconômico contribui para tanto. São famílias que vivem com o mínimo possível, o lucro pára na mão de poucos e a desigualdade no bolso de muitos. Nesse contexto propaga-se com força a chamada Teologia da Prosperidade. Para isto é propício dinheiro, com tantos que vivem com pouquíssimo dele.

Os rudimentos dessa teologia, de uma maneira simplista, a lógica é: Quanto maior o investimento, tanto maior será a benção desejada. Uma espécie de poupança de investimentos celestial.
É certo que o povo deseja isso, primeiro pelo estado de subjugo que vivem, segundo, porque o dono dos investimentos celestial, no caso Deus, garante a lucratividade do negócio.
A Experiência de Fé é legítima, mas a Exploração da Fé é cruel, brutal. Com tudo, penso, onde é que vamos parar com toda essa comercialização?

Quando que vamos parar de explorar a fé do nosso povo? Com nossos discursos, que sempre falam, mas que outrora nunca vivem. Que subjugam o povo com cargas que até mesmo nós jamais poderíamos suportar. Quando é que tudo isso vai acabar?
Talvez seja quando o grande dono do Reino voltar, e também esclarecer a hermenêutica de coroa de brilhantes, ruas de ouro e cristal, muros de jaspe luzentes e todas as outras figuras terrenas que figuram de lucro, capital, como recompensa.
Talvez quando Ele voltar novamente, volte simples mais uma vez, oferecendo-nos uma vida simples, sem ruas de ouro, talvez até sem asfalto, para se valorizar a terra que um dia foi o repouso do corpo no sono cruel da morte.
Talvez oferecendo-nos casas simples ao invés de celestiais mansões, para que mais uma vez se assente a roda dos simples e humildes como por muitas vezes fizera. Ao invés de coroas de brilhantes chapéus esfarrapados para refugiar-se do ardor do sol, que na lida terrena causticou a muitos lhes causando traumas. Ao invés de muro de jaspes luzentes, moradias sem cercas, sem portões para que essa política de posse privada seja lembrança de uma vida sofrida, que somente quando do alto do morro se olhava via-se as piscinas nos quintais das casas dos ricos, pois seus suntuosos muros impediam de ver as riquezas ocultas.
Talvez também haja quem o rejeite se ele voltar assim, como rejeitaram na sua primeira vinda, quando esperavam um Messias triunfante, nascido em berço de ouro, trajando roupas reais.
Talvez haja quem o rejeite como rejeitaram os que esperavam recompensas de cem vezes tanto por o servirem com integridade, os que desejaram cargos celestiais, assentarem-se ao seu lado para julgar as nações. Será então nesse dia também que muitos ficarão de fora desse reino, os ladrões, ladrões da fé, da verdade, da igualdade da justiça, da paz. Os idólatras, da fama, do sucesso, dinheiro, dos grandes templos, dos pastores, dos cantores.
Ficarão de fora também os exploradores, exploradores da fé, que calerajam não só as mãos do meu povo fazendo os trabalhar forçosamente em troco do mínimo, depois os chantagearam em nome do dono do Reino a darem tudo e ficarem com nada.
Ficarão de fora os exploradores da fé que não ensinaram meu povo a transformarem sua realidade, gente simples de corações calejados pelo pranto da justiça.
Mas para estes que não sabiam como alcançá-la a justiça, que tanto plagearam, que não se importaram com luxo, que viveram massacrados por toda sorte de exploração, a eles Ele dirá: Vindes benditos de meu Pai, possui o que é vosso, e vos foi roubado, desde colonização do Brasil, e até mesmo antes dela, possui a terra pela qual vocês lutaram com paus é pedra, possuí-a, isto é vosso. Amém!

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