segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Meditemos na história de esaú e de Jaco e veremos que é possível perdoar.



Jaco aproveitando-se de um momento de fraqueza de seu irmão, que voltava do campo muito cansado, quase desfalecido. Já em Gn 27.1-29 nos é revelado de que forma Jacó com a ajuda de sua própria mãe Rebeca, enganou a Isaque seu pai, e a Esaú seu irmão, para obter a benção de Isaque. E assim o fez Jacó, conseguiu a benção de seu pai e isso encheu o coração de Esaú de ódio, a tal ponto de Esaú jurar Jacó de morte (Gn 27.41). Rebeca ao ficar sabendo da intenção de Esaú orienta Jacó a se refugiar na casa de Labão por “alguns dias”, até o furor de Esaú passasse. Só que esses “alguns dias” se tornaram longos 20 anos. Até que Deus fala pra Jacó retornar para sua terra e no meio da viagem Jacó recebeu a noticia de que Esaú estava se aproximando, acompanhado de 400 homens (Gn 32.6) Jacó pensou logo no pior! Ficou apavorado! Talvez pensando que seu irmão estava vindo se vingar, enviou a Esaú parte de suas posses, como presentes para que pudesse ser bem recebido (Gn 32.13-23). Mas para sua grande surpresa, seu irmão Esaú correu ao seu encontro, o abraçou, beijou e eles choraram (Gn 33:4). Dai, percebemos que com o passar dos anos Esaú conseguiu perdoar a seu Irmão, porem Jacó não conseguiu primeiramente se perdoar, os feitos do passado ainda se remoíam dentro dele. E conosco às vezes também é mais ou menos assim, às vezes perdoamos alguém, às vezes não, às vezes conseguimos nos perdoar, outras vezes não. E entendemos que com essas questões de perdoar ou ser perdoado, perdemos muito tempo e deixamos de viver momentos importantes junto de quem amamos. Assim como aconteceu com Jacó, também somos por muitas vezes surpreendidos com a graça e o perdão de Deus ou até mesmo de alguém a quem fizemos algum tipo de mal, e isso acontece geralmente quando menos esperamos, ou quando de jeito nenhum merecemos. Porem foi exatamente assim que Deus fez conosco, nos deixando exemplo, ao dar ao mundo a salvação através de seu filho Jesus Cristo, nos concedendo um favor totalmente desmerecido, porque na verdade o que merecíamos era a condenação!
Uma grande arma está sendo desperdiçada no campo de batalha de nossas vidas. Essa arma tem um grande poder e força ante o inimigo, porém poucos são a que a utiliza. Ela também é um dos grandes problemas, causa de doenças psicossomáticas e até de morte (dentro e fora da igreja). Essa arma é o perdão. E a falta dela, de liberação do perdão significa um passo a mais que pode levar a pessoa à morte espiritual. Não é fácil \”liberar o perdão, mas é necessário\”. Conter o ódio e a ira com uma pessoa ante uma situação que muitas vezes nos fez \”supostamente\” sofrer , segundo a nossa justiça , não é uma tarefa das mais simples. E sabendo também, que essa pessoa foi motivo de prejuízo em sua vida e passar com isso \”engasgado\” na garganta não é uma coisa que se consegue da noite para o dia. Mas o perdão mostra o caráter do amor de Deus. A palavra diz em salmos 130.4 que: Ao Senhor está o perdão e que ao Senhor pertence a misericórdia e o perdão (Dn 9.9). O que seria desta Terra se não fosse o perdão e a misericórdia do Senhor. Quanta vez foi Ele rejeitado, bem como as suas palavras e ignorado o poder pelo Seu povo? Quantas vezes o Senhor \”deu tempo\” para que o povo se arrependesse (II Cr 7.14). Também o Senhor evitou que mal maior fizesse a Terra devido a sua misericórdia. Foi assim com Noé, no dilúvio (Gn 6.7-9) e Abraão em Sodoma e Gomorra (Gn 18.21-33). Pelo perdão de Deus a terra inteira não foi destruída por inteiro. Em muitos desses casos a iniqüidade era tanta que só restava mesmo era o juízo. Mas de uma certa forma, nós fomos perdoados. São tantos os exemplos de perdão de Deus, que não caberia neste artigo. Mas sabemos que uma característica de Deus é o perdão. E nós também devemos perdoar. Devemos perdoar a todos, mesmo quando é alguém próximo (ex: irmãos), cujo parentesco e confiança nos foi traído. Parece que aí fica mais difícil perdoar. A traição moral dói mais que a traição de caráter físico. Um exemplo de perdão entre familiar, entre irmãos, foi de Esaú e Jacó. Sabemos que Esaú e Jacó eram gêmeos (Gn 25.14-27). Mas somente um poderia ficar com a primogenitura (uma honra especial dada ao primogênito que incluía herança e posição de líder). Um errou por mentir para obter a primogenitura e o outro não deu a importância de ser primogênito e o vendeu por um prato de comida. Após muito tempo de separação o poder do perdão se manifestou entre esses dois irmãos e houve perdão de ambos. Mas para que isso acontecesse um dentre eles deveria tomar a ação de humilhação (dar o braço a torcer). Nesse caso foi Jacó que tomou a iniciativa. Quando alguém toma atitude de perdoar já é meio caminho andado. Jacó se portou como servo ao seu irmão, se inclinando 7 x (esse sinal era feito somente ao reis) e reconhecendo que errou também. Essas sete x também seria o número de vezes que deveríamos perdoar (Lc 17.3-4 ), mas Jesus nos disse que não somente, mas 70 x 7 (Mt 18.21-22). O perdão tem efeito de cancelar a dívida e desarmar o Diabo. Aliás, Paulo escrevendo a seu irmão Filemon sobre Onésimo (ex-empregado de Filemon) que agora seria irmão na fé disse: \”se algum dano te fez ou se deve alguma coisa, lança tudo em minha conta\”. O que Paulo queria é que o poder do perdão fosse consumado na vida daquelas duas pessoas, ante separadas por condições sociais e atitudes erradas no passado, mas que agora, sendo \”irmãos em Cristo\” e vivendo em novidade,pelo perdão, se vinculassem mutuamente pelo amor, se suportando e se perdoando (Cl 3.13-14), assim como Deus em Cristo nos perdoou (Ef 4.32). Aquele que não perdoa vive com amargura, vive uma vida amarga. O Escritor de Hebreus fala que onde tiver alguma \”raiz\” de amargura e crescendo, causa perturbação. Diz mais, diz que isso \”contamina\” o corpo(Hb 12.14-15). E isso se refere a você e também ao corpo de Cristo. Devemos sempre nos arrepender e perdoar. Muitas vezes somos como o irmão mais velho do Filho pródigo (Lc 15.11-32) que não se alegrou na volta do irmão mais velho e na alegria do Pai. (Lc 6.36; Mt 21.28; Mt 18.21). Esquecemos que Ele nos perdoou e que cancelou a dívida (Mt 18.32; Cl 2.13-14). Parecemos que somos filhos únicos. Esquecemos que somos filhos do mesmo Pai e que Ele também é juiz e sabe qual a intenção dos nossos corações. O grande inimigo do perdão se chama \”julgamento\”. Quando julgamos e ainda existe ódio e ira em nossos corações, nós literalmente somos como homicidas espirituais contra nossos irmãos e estaremos sujeitos a julgamento (Rm 14.13; I Jo 3.15). A palavra diz que: \”Ouvistes o que foi dito: Não matarás e quem matar estará sujeito a julgamento, porém vos digo, diz o Senhor\”. \”Todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento\” e quem proferir um insulto a seu irmão estará a julgamento do tribunal e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo (MT 5.22). Que palavra tremenda essa, pois faz nos refletir sobre nossas atitudes. O Senhor nos mostra que devemos perdoar e reconciliar-se com aqueles que magoamos e por eles fomos magoados no caminho (Mt 5.23-25), para que o adversário não entregue ao Juiz , oficial de justiça e sejas recolhido á prisão. Quantos são os que estão presos espiritualmente porque não perdoaram os seus \”inimigos\”, segundo as suas próprias justiças. A pior prisão que um cristão pode ter é estar sujeito ao inferno de fogo e achar que estará sujeito ao paraíso e tudo isso pela falta de perdão e justiça própria. Não se iluda, pois até sua oferta o Senhor desprezará se não perdoares, lembrando que o maior prejudicado será você(Mt 6.15). Então querido, perdoe, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, mesmo que ainda você esteja certo, pois o Senhor há de tocar o coração do penitente.(II Cor 2.5-11). Amados, se você tem algo contra teu irmão, parente ou mesmo alguém que foi próximo a você, este é o tempo de perdão e de reconciliação. Não espere o tempo passar e esta ferida da alma aumentar, pois pode ser tarde demais. Tome você a iniciativa, não procure no outro aquilo que Deus pediu para você fazer. Se essa pessoa não tomar atitude, você saberá que cumpriu com certeza o que o Senhor determinou que fizesse. Desarme o inimigo hoje mesmo, querido, libere o perdão e siga o exemplo de nosso Jesus quando estava na cruz que disse: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34). E é esse mesmo Jesus que pede para você hoje perdoar. Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13).

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